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Órgãos de Formação da Reserva (CPOR e NPOR)

  • Publicado: Quinta, 04 Novembro 2021 16:48
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    Os CPOR os NPOR são Órgão de Formação da Reserva (OFOR) de oficiais e destinam-se a formar o aspirante-a-oficial combatente e intendente da reserva da 2ª Classe (R/2), habilitando-o, ao final do curso a ingressar no Corpo de Oficiais da Reserva do Exército Brasileiro (CORE). Desta forma o aspirante estará capacitado à convocação temporária para o serviço ativo, na forma do Regulamento do Corpo de Oficiais da Reserva (RCORE) DECRETO Nº 4.502, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2002.

    O Curso de Formação de Oficiais Combatentes Temporários (OCT) e Oficiais Intendentes Temporários (OIT) tem a duração de 42 semanas de instrução, sendo as 15 semanas iniciais são chamadas de Período Básico, quando os alunos terão instruções voltadas para a sua formação básica de combatente, sendo esta fase comum a todos os CPOR e NPOR do Brasil. As demais 27 semanas são chamadas de Período de Formação e Aplicação, onde os alunos se formarão no Curso da sua arma que pode ser Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia, Comunicações, Intendência ou de Material Bélico.

    Durante o curso, o cidadão possuirá a graduação e ajuda de custo de Aluno e, ao final do Curso, será declarado aspirante a oficial da reserva da 2ª classe (R/2), não remunerada,e poderá ser selecionado para tornar-se oficial subalterno nas unidades do Exército Brasileiro, de acordo com as vagas disponíveis e a sua classificação ao final do curso,podendo alcançar até oposto de 1º Tenente.

    O patrono da Reserva é o Tenente Coronel Correia Lima, fundador do primeiro Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Brasil, o CPOR do Rio de Janeiro (RJ).

 

TENENTE-CORONEL CORREIA LIMA

 

    Descendente de família de militares, Luiz de Araújo Correia Lima nasceu em Porto Alegre, em 4 de Novembro de 1891, sendo o filho mais velho do General-de-Divisão Gonçalo Correia Lima e de Ana Caroilna Lima. Em 26 de Setembro de 1907, sentou praça como soldado, no extinto 17º Batalhão de Infantaria, sediado em Porto Alegre, onde prestou concurso para a Escola Militar. Aluno dedicado, permanentemente figurou entre os primeiros classificados nos cursos das Escolas Militares que frequentou.

     Em 1916, contraiu matrimônio com a Sra. Marina de Sousa e Melo, advindo dessa união, cinco filhos, dos quais, os dois mais velhos, prosseguiram na carreira militar.

     Em sua carreira militar destacam-se:

    - Atividades de vigilância do litoral e da costa brasileira, na região de Rio Grande, durante a 1ª Guerra Mundial (com o 17º grupo de Artilharia);
    - Atuação como Instrutor da Escola Militar do Realengo, durante a chamada "Missão Indígena";
    - Combatente do 1º Grupo de Artilharia Pesada, na Revolução de 1924;
    - Idealização dos Centros de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), sendo o primeiro Comandante do CPOR do Rio de Janeiro, o precursor de todos os CPOR do Brasil, em 1927.

    As leituras e estudos sobre os acontecimentos da 1ª Guerra Mundial, especialmente quanto aos mecanismos de recrutamento e de recompletamento de claros nas fileiras dos exércitos europeus, se constituíram na fonte de inspiração para a criação dos CPOR no Brasil, que se tornaram o ideal de sua vida, pelo qual trabalhou desde jovem, ainda como tenente.

    Correia Lima teve de lutar contra a inércia e a incompreensão, que existiam não-somente no meio civil, mas também no meio militar, onde colocavam em dúvida a honestidade de seu propósito e, até mesmo, o acusavam de querer reorganizar a extinta Guarda Nacional.

    Mas seus ideais se impuseram e, em 22 de Abril de 1927, foi criado o primeiro Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, no Rio de Janeiro, comandado pelo próprio Correia Lima, então Capitão. O CPOR/ RJ começou a funcionar, efetivamente, no ano seguinte, servindo de modelo para a criação de outros CPOR em várias capitais, bem como dos futuros Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR), que funcionam no Corpo de Tropa.

    Correia Lima não viu sua obra completada. Servia como Major, promovido por merecimento, em Curitiba, comandando o 1º Grupo do 9º Regimento de Artilharia Montada, quando irrompeu a Revolução de 1930. Fiel à ordem vigente, foi atacado de surpresa em seu Quartel, local onde viria a ser assassinado pelos revoltosos, no dia 5 de setembro de 1930. Pela firmeza dos seus ideais, os revoltosos sabiam de antemão que ele não se entregaria...

    No dia 13 de outubro de 1930, foi promovido a Tenente-Coronel "post-mortem ", por ato de bravura.

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